Cerrado Summit em Luís Eduardo Magalhães, debate agricultura regenerativa antes da COP30 336ok
Cerrado Summit começou na terça-feira (15) em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste baiano, com um objetivo claro: construir propostas concretas para a COP30. A princípio, o único evento preparatório da conferência que vai acontecer em novembro no Pará, realizado fora de uma capital brasileira.
Organizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com apoio de grandes nomes do setor como Aiba, Abapa, BCG, WBCSD e CEBDS, o encontro colocou o bioma Cerrado no centro das discussões sobre agricultura regenerativa e sustentabilidade.
Durante o primeiro dia do evento, Marcelo Behar, conselheiro sênior do WBCSD, destacou a importância desse momento prévio à COP. Segundo ele, a dinâmica do Cerrado Summit oferece soluções práticas para transformar o agronegócio em uma atividade regenerativa e lucrativa.
“Estamos falando de instrumentos que envolvem finanças, ciência e políticas públicas. Eles permitem mais produtividade com respeito ao meio ambiente. A partir disso, surgem linhas de crédito mais íveis e previsíveis, o que dá segurança para o produtor investir”, explicou Behar.
Portanto, o evento vai muito além do debate: ele serve como laboratório de ideias que serão levadas à conferência do clima, com potencial de inspirar outros países e biomas.
Outro marco importante foi o lançamento do primeiro Acelerador de Paisagens, promovido pela Aliança para Ação Regenerativa nas Paisagens (AARL). O sócio do Boston Consulting Group, Arthur Ramos, apresentou o estudo “Resilience for the Future: How Brazil Can Lead the Regenerative Landscapes Revolution”.
“Queremos sair do discurso e chegar à prática. Esse estudo é o primeiro o para atrair investimentos reais. A partir de agora, a meta é unir os agentes econômicos e apresentar propostas concretas à COP30”, afirmou Ramos.
Moisés Schmidt, presidente da Aiba, lembrou que o agronegócio baiano está comprometido com a preservação do Cerrado. Ele destacou investimentos de mais de R$ 12 milhões em projetos de gestão hídrica, fundamentais para restaurar áreas degradadas.
“Quem planta, preserva. Essa é a realidade no Oeste baiano. E esse esforço é coletivo — produtor, governo e sociedade têm papel essencial”, destacou Schmidt.
Enquanto isso, o secretário Pedro Alves Corrêa Neto, do Mapa, reforçou o papel da ciência e tecnologia na produção de alimentos no Brasil.
“Temos vocação produtiva, mas também responsabilidade. O Cerrado pode ser explorado de forma equilibrada, com ganhos econômicos e ambientais”, pontuou.
O secretário estadual da Agricultura, Pablo Barrozo, representando o governador Jerônimo Rodrigues, ressaltou que a Bahia pode ser referência nacional em agricultura regenerativa. Com destaque para o Plano ABC+, o estado caminha rumo à redução das emissões de carbono, sem abdicar do protagonismo agrícola.
“O Oeste da Bahia é responsável por 91% da produção de grãos do estado. Isso mostra que é possível produzir com responsabilidade e pensar no futuro”, afirmou.
Por fim, a programação da Pré-COP30 continua nesta quarta-feira (16), com visitas a áreas de agricultura regenerativa e pontos turísticos em Luís Eduardo Magalhães e Barreiras. Estão presentes líderes políticos como Júnior Marabá e Otoniel Teixeira, além de CEOs de grandes empresas dos setores de alimentos e bebidas.
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