Caracterizada pelo conteúdo de adoração ao Menino Deus, com estrutura bastante definida, em Formosa do Rio Preto, hoje é o dia dedicado também para desmontar  os presépios, ou lapinha como é mais conhecida na cidade do Oeste baiano.

Há mais de  40 anos, D. Soledade monta o presépio no mês de dezembro com o elementos que  remetem a ideia da manjedoura, segundo a tradição onde o Cristo nasceu. Ela conta que quando mudou para a cidade, algumas pessoas faziam a lapinha e seus filhos ficavam encantados com o presépio. Um de seus filhos mais velho (ela teve 22 filhos) juntou umas pedras no canto da parede  da casa (ela ressalta que a casa era de palha e as paredes de taipa) e uma vizinha disse que quando os filhos armam um presépio ou  lapinha, no ano seguinte é obrigação dos pais repetirem por 7 anos. 

Quem também mantém a chama da tradição acesa  é D. Abenilda,  82 anos , moradora da localidade de Porto Limpo, distante 12 km da sede do município. Quando perguntada desde quando ela faz o presépio  ela responde que desde sempre. É uma tradição da família que ela faz questão de manter. Ela diz que antigamente  plantava um pouco arroz para caracterizar o presépio e fazia os bonecos representativos de barro. Nessa época era uma obra de arte caracterizada com os elementos católicos dos reis magos, com imagens confeccionadas por ela mesmo e que representava Jesus,  Maria e José, montado no canto da sala principal da casa. Com a chegada da idade D. Abenilda mantém as características principais, mas o presépio ficou mais simples. Na casa dela o presépio é montado nove dias antes do Natal para que  ela possa rezar junto com a família durante a novena e com todas as pessoas que possam comparecer.  

Até bem pouco tempo atrás, era característica das pessoas saírem de casa em casa visitando os presépios. Ali elas eram recebidas com bolos, sucos e café pela dona da casa.

No ado existia também  em Formosa a comemoração da Folia de Reis , caracterizado pelos Ternos de Reis. Existiam vários que se apresentavam pelas ruas da cidade. Os mais tradicionais era o Terno das Pastorinhas, Terno das Princesas.