Vítima tinha 14 anos - Foto: Reprodução/Correio 3i6t2q
Um jovem de apenas 14 anos morreu na última quinta-feira (13) após injetar na perna o líquido de uma borboleta macerada. O caso ocorreu em Planalto, no sudoeste da Bahia, e está sob investigação da 1ª Delegacia Territorial de Vitória da Conquista.
Davi Nunes Moreira, a vítima, teria injetado o líquido na perna direita com o auxílio de uma seringa comprada em farmácia. Com o ar dos dias, começou a sentir dores, mancar e apresentar vômitos. Ao perceber o agravamento do quadro, o pai do adolescente o levou a um hospital da região. Posteriormente, devido ao agravamento do estado de saúde, ele foi transferido para o Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC), onde não resistiu.
Segundo informações da TV Bahia, Davi inicialmente relatou ao pai que havia se machucado brincando. No entanto, ao ser atendido por uma médica, revelou ter capturado uma borboleta, amassado o inseto e utilizado o líquido obtido para injetá-lo na perna.
Aciondao o Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizou exames periciais, que deverão esclarecer as causas exatas da morte. O sepultamento da vítima aconteceu na última sexta-feira (14), em Planalto no Sudoeste do estado.
Apesar de algumas espécies de borboletas possuírem substâncias tóxicas, pesquisadores explicam que a morte pode ter sido causada por uma infecção grave e não pelo veneno do inseto.
De acordo com Marcelo Duarte ao g1, diretor do Museu de Zoologia da USP, os fluidos internos das borboletas não são estudados o suficiente para determinar toxicidade em humanos. Ele reforça que o maior perigo foi a introdução de um líquido não esterilizado no organismo.
“Ao injetar uma substância desconhecida, o risco de infecções severas e reações alérgicas é altíssimo. Nosso corpo tem barreiras naturais contra bactérias e vírus, mas ao perfurar a pele com um material contaminado, esses microrganismos podem atingir a corrente sanguínea diretamente”, explica Duarte.
O professor André Victor Lucci Freitas, coordenador do Laboratório de Borboletas da Unicamp, reforça que, mesmo em espécies tóxicas como a borboleta-monarca (Danaus plexippus), as substâncias não costumam ser letais para humanos, conforme aponta também o g1.
“Borboletas não vivem apenas em flores. Muitas pousam em solos úmidos, fezes e matéria orgânica em decomposição, absorvendo microrganismos potencialmente perigosos. Se esse material foi injetado no organismo, há grande chance de uma infecção grave ter ocorrido”,
alerta Freitas.
A Polícia Civil segue investigando o caso e aguarda o resultado do laudo pericial para determinar as reais causas da morte.
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