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Quilombolas e pequenos produtores da região da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, descobriram uma forma de gerar renda e preservação do Cerrado. O projeto consiste na coleta e venda de sementes de plantas nativas do bioma.

A iniciativa, que conta com a participação de 80 família, tem só dois anos, mas já se tornou uma importante fonte de renda para essas comunidades. Desde que foi criado, o projeto já gerou R$ 400 mil com a venda de sementes.

No município de Cavalcante, o produtor rural Jader de Brito é um dos participantes da iniciativa, chamada de Cerrado em Pé. Ele afirma que no ano ado conseguiu uma renda com as sementes que nunca achou que teria.

“Eu tirei uns R$ 50 mil com semente de árvore, um dinheiro que eu nunca ganhei na minha vida”, 

comemora Brito, que diz que está valendo mais coletar as sementes do que criar gado.

O projeto funciona da seguinte maneira: as famílias que participam da associação coletam sementes de 150 espécies nativas do Cerrado, como arvores, arbustos e gramíneas, que são vendidas para empresas que fazem a restauração ambiental de áreas de empresas e produtores rurais.

A ideia do projeto partiu do guarda florestal Claudomiro de Almeida Cortes. Além dos pequenos produtores, ele percorre uma vez por mês o Vão do Moleque, uma região quilombola de Goiás onde vivem cerca de 400 famílias.

Nesta região, a quilombola e agricultora Geruza Soares Pereira trabalha com a família em 80 hectares, mas produzem muito pouco e boa parte da área ainda conta com o Cerrado nativo. A coleta de sementes virou uma boa fonte de renda.

“Esse trabalho que a gente faz aqui com a comunidade Kalunga, os quilombolas, tem dois motivos: porque eles não têm condições, esse projeto é para as pessoas que não têm oportunidade. Outro que aqui é [uma área] muito preservada ainda, a gente conta uma diversidade [de plantas] muito grande”,

explica Cortes

O guarda florestal, que também preside a Cerrado em Pé, utiliza as horas vagas para fazer a coleta das sementes. Ele pesa o produto e paga na hora.

O preço do kg de cada espécie leva em conta vários fatores: o trabalho de coleta, o beneficiamento, a sazonalidade e a demanda pela semente. As do baru, por exemplo, custam R$ 8 por kg, já as do ipê podem chegar a R$ 150 por kg.

O dinheiro vem das empresas de restauração ambiental. A associação fica com uma porcentagem da venda, recurso que serve para manter a estrutura do projeto.

Com a renda, Geruza alimenta sonho simples, como ter uma televisão, mas que ainda vai esperar. O dinheiro está sendo separado para garantir o estudo dos filhos.

Após a compra das sementes no campo, elas am por análise de pesquisadores da Universidade de Brasília. Eles testam a qualidade do produto, seguindo a legislação do Ministério da Agricultura.

Restauração 5bg61

A restauração de áreas degradadas com sementes é feita com o plantio direto da mistura chamada muvuca, que conta com sementes de gramíneas, árvores e arbustos, ajudando a recompor o Cerrado.

As sementes coletadas pelo guarda florestal Claudomiro de Almeida Cortes estão ajudando na recuperação das margens da represa do Descoberto, no Distrito Federal.

O reservatório representa 60% do abastecimento de água de Brasília. Em 2017 a capital do país ou por crise hídrica e teve racionamento de água. Por isso, a preocupação com as margens do lago.

O biólogo Gustavo Rocha, responsável pela restauração explica que a recuperação das margens evita que a água escorra para outros lugares.

E é assim que as sementes coletadas na Chapada dos Veadeiros vão ajudando a recuperar áreas de cerrado pelo país.

as informações são do G1/Goiás

Darlan A. Lustosa

Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, onde construiu uma sólida trajetória de envolvimento comunitário e defesa dos direitos locais. Com registro profissional 6978/BA e longa experiência como escritor e jornalista, Darlan é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social. Ao longo de sua carreira, tem se dedicado a reportagens e artigos que buscam informar, educar e inspirar os leitores a participarem ativamente da vida cívica. Além de escrever para o Portal do Cerrado, Darlan também é sindicalizado e participa ativamente de iniciativas que promovem o desenvolvimento regional e o fortalecimento das causas populares. Sua atuação inclui a organização de eventos, como o Seminário de Combate ao Racismo Institucional e a Palestra do Defensor Público do Estado da Bahia, ambos realizados em Formosa do Rio Preto, com o objetivo de incentivar o diálogo e a justiça social. Darlan acredita que informar é um ato de responsabilidade social, e seu compromisso com a verdade e a precisão jornalística se reflete em cada publicação. Ele vê o Portal do Cerrado não apenas como um canal de notícias, mas como uma plataforma para fortalecer a voz do Oeste da Bahia e dos seus habitantes.

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